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Channel: Comentários em: A mercantilização da medicina e a gestão economicista da Saúde
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Por: Sarah Adamopoulos

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Tentando arrumar algumas ideias: o texto para que remetem as curtas linhas do post foca-se nas *consequências* de uma prática médica que deixa muito a desejar. Refere especialmente a relação médico/doente, que perdeu várias das suas qualidades intrínsecas e que julgávamos eternas. Como seja a confiança (confiança por parte do doente, que entrega a resolução do seu problema de saúde nas mãos do médico em cujas capacidades confia), actualmente em grande crise, na sequência, também, de comportamentos eticamente muito questionáveis por parte de alguns médicos facilmente corrompidos pelas indústrias. Por outro lado, assistimos nos últimos anos a uma queda do estatuto social (lato senso) e poder do médico, cujo trabalho é hoje muito mais escrutinado, por sociedades em que a prática médica deixou de estar envolvida por uma aura demiúrgica que fazia dos médicos deuses – apesar do atraso formidável (ironizo) que a Medicina leva em tantas áreas, por falta de investimento em investigação. Relativa/ à Saúde Pública e Privada, dizer ainda que concordo com o Fernando Nabais: sobretudo se falando de Portugal, não restam nenhumas dúvidas de que tudo melhorou graças ao Serviço Público e a uma ideia de Estado constitucionalmente empenhado no desenvolvimento de uma população maioritariamente pobre e sem oportunidades de mobilidade social (aqui entra a Educação). Sem querer alongar-me muito mais: um médico não deve ser um mercador das suas competências, e nesse sentido não deveria encarar um doente como um cliente. Nem tudo na vida é negócio, mesmo que alguns ofícios se prestem a sê-lo, como é o caso.


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